De forma neutra, propaganda é definida como forma propositada e sistemática de persuasão que visa influenciar com fins ideológicos, políticos ou comerciais, as emoções, atitudes, opiniões e ações de públicos-alvo através da transmissão controlada de informação parcial (que pode ou não ser factual) através de canais diretos e de mídia.
(Richard Alan Nelson, A Chronology and Glossary of Propaganda in the United States, 1996)
.................A publicidade pode ser de bom gosto e harmonizar-se com elevadas regras morais e, por vezes, até pode ser moralmente edificante, mas também pode ser vulgar e moralmente degradante. Com frequência ela recorre deliberadamente a motivos como a inveja, a ambição ou a avidez. Hoje, certos publicitários procuram impressionar e confundir as pessoas, usando temas de natureza doentia, perversa ou pornográfica.
.................A publicidade apresenta também alguns problemas específicos, quando trata a religião ou questões que têm uma dimensão moral. No primeiro caso, os publicitários comerciais incluem, por vezes, temas religiosos ou servem-se de personagens ou imagens religiosas para vender determinados produtos. Isto pode ser feito de maneira respeitosa e aceitável, mas esta prática é perniciosa e injuriosa quando explora a religião ou quando a desrespeita. No segundo caso, a publicidade é usada para promover produtos e inculcar atitudes e comportamentos contrários às normas morais.
.................Cito, a título de exemplo, a publicidade em favor dos contraceptivos, tudo quanto promove o aborto, os produtos perigosos para a saúde e as campanhas de publicidade financiadas pelos governos para o controle artificial dos nascimentos, o chamado preservativo, e outras praxes semelhantes.
.................De fato, a publicidade, como outras formas de expressão, tem as suas convenções e estilos próprios, os quais convém ter em conta quando se fala de veracidade. É normal que se encontre na publicidade alguns exageros simbólicos ou retóricos. Dentro dos limites duma prática reconhecida e aceita, isso pode ser lícito. Existe contudo um princípio fundamental, segundo o qual a publicidade não pode deliberadamente procurar iludir, seja explícita ou implicitamente, seja por omissão. "O correcto exercício do direito à informação exige que o conteúdo daquilo que é comunicado seja verídico e - dentro dos limites impostos pela justiça e pela caridade - completa. Compreendida a obrigação de evitar qualquer forma de manipulação da verdade, seja por que motivo for".
.................Um número grande de publicitários pelo mundo, têm consciências sensíveis, regras morais nobres e um profundo sentido de responsabilidade. Mas também para eles as pressões externas - exercidas pelos sponsors publicitários e pelas lógicas de concorrência próprias da sua profissão - podem suscitar grandes tentações de adotar comportamentos privados do sentido ético. Torna-se, portanto, necessário prever estruturas externas e regras que apoiem e encoragem um exercício responsável da publicidade e que desanimem os irresponsáveis.
.................Veja os exemplos das peças gráficas abaixo em que alguns o tema brinca de forma pejorativa para transmitir sua mensagem ao publico final. Outras a contraponto tende razoavelmente de forma indireta a ver com o título e produto proposto.
(Clique na Imagem para Ampliar)
Texto Relacionado: Portal da Família (Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais)
2 comentários:
Algumas beiram o sacrilégio.
Interessante texto e imagens.
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